Neste dia mundial do refugiado, conhecemos os dados referentes à população deslocada em risco. Mais uma vez, são atingidos novos recordes históricos, dado a aumento exponencial de pessoas que são forçadas a fugirem de suas casas.
De acordo com os recentes dados do ACNUR, registam-se 27.1 milhões de refugiados, número que rapidamente irá disparar pois não inclui os dados relativos aos refugiados ucranianos deste ano - cerca de 7.3 milhões de pessoas saíram do país.
Os países de origem do maior número de refugiados permanecem a Síria - que além dos 6.8 milhões de refugiados tem cerca de 6.2 milhões de pessoas deslocadas dentro do país - o Afeganistão, o Sudão do Sul, o Myanmar e a Venezuela (pessoas com proteção temporária). Igualmente os países que acolhem mais refugiados no mundo continuam a ser a Turquia - que permanece recordista com 3.8 milhões de refugiados acolhidos -seguida da Colômbia, do Uganda, do Paquistão e da Alemanha. Sendo que 83% dos refugiados são acolhidos em países de renda-baixa, considerados em desenvolvimento.
O número de pessoas forçadas a fugir de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguições ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos 100 milhões. Este número é impulsionado pela recente guerra na Ucrânia, assim como tantos outros conflitos prolongados como na Etiópia, Burkina Faso, Myanmar, Nigéria, Afeganistão ou República Democrática do Congo.
As pessoas forçadas a deslocar-se (incluindo pessoas deslocadas internamente, refugiados e requerentes de asilo) perfazem 1% da população mundial, sendo equivalente ao 14º país mais populoso do mundo.
“A resposta internacional às pessoas que fogem da guerra na Ucrânia tem sido extraordinariamente positiva. A compaixão está viva e precisamos de uma mobilização semelhante para todas as crises ao redor do mundo. Mas, em última análise, a ajuda humanitária é um paliativo, não uma cura. Para reverter esta tendência, a única resposta é a paz e a estabilidade para que as pessoas inocentes não sejam forçadas a decidir entre o perigo grave em casa ou a saída precária e o exílio”
Alto Comissario das NU para os Refugiados, Filippo Grandi.
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