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REFUGIADOS NO
MUNDO

Em todo o mundo, todos os dias, milhares de pessoas são forçadas a sair de suas casas e a deixar as suas vidas para trás, fugindo de conflitos armados, perseguições, tortura e violência.

O crescente fenómeno global de grandes deslocações de refugiados e migrantes exige uma resposta global coordenada. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre o ano 2000 e 2022, o número de pessoas que foram forçadas a fugir de violência, perseguição e violações aos direitos humanos aumentou de 17 milhões para um novo recorde histórico de mais de 110 milhões, respetivamente. Neste número inserem-se pessoas com estatuto de refugiado, assim como requerentes de asilo, que aguardam resposta aos seus pedidos de proteção internacional. Simultaneamente, estes números têm aumentado igualmente para recordes históricos, chegando a 35.3 milhões de refugiados e 6.1 milhões de requerentes de proteção internacional. As crianças são uma preocupação acrescida, sendo quase metade da população refugiada global. 

110 Milhões
pessoas forçosamente deslocadas

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35.3 Milhões de refugiados
             40% menores

6.1 Milhões de requerentes de asilo

A atual situação na Ucrânia surge como mais uma crise a acrescentar a tantas outras por todo o mundo, como na Síria, no Afeganistão, no Sudão do Sul, no Myanmar ou na Venezuela. A escalada de conflitos e a intensificação de violência leva milhões de pessoas a fugirem das suas casas e a tentarem encontrar um sítio seguro. 

A maioria das pessoas que foge das suas casas, estabelece-se no seu próprio país (58%) ou nas regiões e países vizinhos (70%). A Turquia é o país que mais refugiados acolhe, com cerca de 3.6 milhões, seguido do Irão com 3.4 milhões, da Colômbia com 2.5 milhões, da Alemanha com 2.1 milhões de refugiados e do Paquistão com 1.7 milhões.

As respostas a este fenómeno crescente têm de ser globais. Os países vizinhos ou/e de trânsito são desproporcionalmente afetados, ameaçando as suas capacidades, infraestruturas e serviços. Igualmente, as crises humanitárias de refugiados e migrantes são cada vez mais frequentes e prolongadas (contando com uma média de 20 anos para os refugiados), com repercussões a longo-prazo para todos os envolvidos e comunidades de origem e de acolhimento.

Uma grande parte das pessoas forçosamente deslocadas, apenas tem a opção de procurar asilo num país seguro, através de viagens extremamente perigosas ou por meio de mecanismos como a reinstalação. Esta, apesar de ser uma solução duradoura, não é suficiente.

Anualmente, menos de 1% dos refugiados têm a oportunidade de poderem ser reinstalados em países seguros, levando milhares de pessoas a embarcar desesperadamente em viagens de grande risco, levando à perda de muitas vidas.

Os benefícios, vantagens e oportunidades que os movimentos migratórios seguros, ordenados e legais criam são substanciais, sendo muitas vezes subvalorizados ou esquecidos. Por outro lado, as deslocações forçadas em massa, apresentam maioritariamente desafios complexos e preocupantes. Estes movimentos globais e as respostas colocadas em prática têm ramificações políticas, económicas, sociais, humanitárias, para o desenvolvimento e para os direitos humanos, ultrapassando qualquer fronteira.

É urgente soluções sólidas e duradouras que permitam apoiar indivíduos, comunidades e países, respeitando os direitos humanos e os direitos de refugiados e requerentes de proteção internacional.

 

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