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"ENVOLVI-ME NO PATROCÍNIO COMUNITÁRIO PORQUE SENTI QUE ERA UM DEVER QUE TINHA DE CUMPRIR E PORQUE ME IMAGINEI, POR UM MOMENTO, NO LUGAR DO OUTRO."

MATILDE
Portugal

A Matilde é a coordenadora do grupo Chaves Acolhe - o primeiro grupo patrocinador a apoiar uma família em Portugal. Ouviu falar do patrocínio comunitário graças à associação Soul Frater, onde é voluntária. Pensou logo em se envolver para poder apoiar uma família refugiada, achando que era uma possibilidade diferente e diferenciadora. "Acreditei que acolher na comunidade e pela comunidade faria efetivamente  a diferença  na vida de uma família". Depois de participar na formação da ComUnidade, o pequeno grupo de pessoas considerou que este era um modelo que deveria ser privilegiado e testado no nosso País, pois cabia nele o poder de cada um dar o melhor de si e integrar uma família numa comunidade que estivesse de braços abertos para acolher. "Acreditei que o grupo do qual fazia parte estaria à  altura do desafio e acima de tudo, estaria à  altura de lidar com ele." 

"Foi crescendo em cada um de nós a vontade de acolher. A nossa principal motivação foi acima de tudo, fazer a diferença na vida de alguém. Pensar que acolher, deve ser o caminho e que nós poderíamos ser o caminho para alguém.

"ESTA EXPERIÊNCIA MUDA-NOS. TRANSFORMA PENSAMENTOS, ALTERA FORMAS DE OLHAR E ENTENDER O ESPAÇO, O TEMPO, A CULTURA E AS PESSOAS"

O grupo foi-se formando e organizando, adquirindo novos elementos e preparando tudo para a chegada da família. Conseguiram mobilizar a população e realizar um jantar para angariação de fundos e doações. Antes de a família chegar, a ansiedade e o nervoso intensificaram-se mas a vontade de conhecer a família e ajudá-la a sentir-se em casa era maior. 

Quando a família chegou ao aeroporto, Matilde sentiu-se invadida por um certo medo e muita alegria. Na longa viagem até Chaves, a família dormiu o tempo todo e quando chegaram ficou radiante com a casa que lhes arranjaram no centro da cidade.

Além de todo o apoio prestado, em menos de 6 meses o grupo conseguiu feitos incríveis entre: uma creche para a mais pequena, um trabalho para a mãe, que as crianças se integrassem muito bem na escola e nas atividades extra-curriculares ou que o pai começasse a tirar a carta. 

Para Matilde, "a partir do momento  que sentes que estás  a fazer diferença  na vida de alguém  pela positiva, o impacto é  sempre gigante! Desde logo porque percebes que o outro sente que esta oportunidade lhe está a mudar a vida e depois vão sendo os pequenos ganhos diários, de autonomia, de adaptação e de bem estar que te dizem que o impacto será sempre tanto maior quanto maior for a entrega de ambas as partes e este é  o verdadeiro desafio para todos".

Para quem quiser ser patrocinador, a Matilde adverte: "entre neste projeto de coração  aberto. Ciente de que haverá  dias difíceis, de muita adaptação, dias de partilha, dias que parecem não ter fim, dias em que um sorriso vale todas as horas. Mas também terá a oportunidade de ver uma família viver, livre, segura, grata e a sentir-se parte da comunidade que você também representa, será  sobejamente  mais importante e impactante do que qualquer dificuldade, que no caminho, lhe possa parecer maior.

Conheça a história do grupo Chaves Acolhe

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